16 de nov. de 2007

Quem foi Ruben Berta



Quem foi Ruben Martin Berta
Fundação dos funcionários da Varig leva nome de ex-presidente da companhia Ruben Martin Berta, criador da Fundação que leva seu nome e que hoje detém a maior parte do controle acionário da Varig, nasceu em Porto Alegre em 5 de novembro de 1907.

Filho de Martin Felix Berta e Helena Maria Lenz, Ruben viveu a infância e a adolescência dentro do padrão das famílias de classe média da capital gaúcha. Ingressou no curso de Medicina e em 1927, para ajudar a sustentar sua família, atendeu a um anúncio de emprego de uma companhia de aviação comercial em implantação, a S.A. Empresa de Viação Aérea Rio-Grandense – Varig.

Aceito para a vaga, aos 19 anos Ruben Berta tornou-se o primeiro funcionário da nova companhia aérea. Otto Meyer, fundador da empresa, costumava contar que o candidato nada lhe perguntou sobre salário, tarefas ou extensão da jornada de trabalho – apenas aceitou o emprego e o desafio.

Além do rotineiro trabalho da escrita contábil, Ruben Berta cuidava dos despachos e das comunicações, quando não estava varrendo o escritório ou embarcando os passageiros nos aviões. Foram estes anos de aprendizado que o prepararam para assumir o comando da empresa na época da Segunda Guerra Mundial e fazê-la decolar no pós-guerra.

Acompanhando a trajetória da empresa desde o seu início e chegando à sua presidência em 1941, após a renúncia de Otto Meyer, em 1945 Berta sugeriu a criação de uma Fundação dos Funcionários da Varig com o objetivo de oferecer benefícios aos trabalhadores e seus familiares. Ele convenceu os acionistas a doarem 50% das ações da companhia para a entidade, além de uma quantia em dinheiro próxima ao valor dessas ações para que pudesse entrar em operação imediatamente. Batizada de Fundação Ruben Berta em homenagem a seu criador, a entidade cresceu e chegou a controlar 87% do capital volante da empresa.

Ainda nos anos 40 a Varig, sob o comando de Berta, ampliou suas rotas para além das fronteiras do Rio Grande do Sul, voando em direção ao Prata e aos grandes centros do país nas regiões Sul e Sudeste. Nos anos 50 e 60 foram inauguradas rotas para os Estados Unidos e para a Europa, fazendo a Varig saltar da condição de companhia nacional de médio porte para uma empresa de aviação internacional de prestígio.

– Não quero envelhecer antes de ter construído alguma coisa, algo de que meus descendentes se orgulhem – dizia o presidente da Varig aos amigos mais próximos.

Ruben Berta morreu em 14 de dezembro de 1966, aos 59 anos, acometido por um enfarte fulminante enquanto preparava uma reunião da diretoria da Varig no edifício-sede do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. (Fonte: Fundação Ruben Berta)

Ruben Berta: um século de história viva - No dia 14 de dezembro de 1966 uma estrela se apagou. Por volta das 17h daquela quarta-feira, sozinho no gabinete da presidência da Varig, no edifício-sede do Aeroporto Santos Dumont, Ruben Martin Berta sentiu fortes dores no peito enquanto cuidava dos preparativos para uma reunião que aconteceria naquele dia.

Enquanto o médico o atendia, continuou a tomar providências e a fazer observações e recomendações ao vice-presidente da empresa, Erik de Carvalho. Uma hora depois, não resistiu ao infarto fulminante e foi vítima de um coração sobrecarregado pela entrega incondicional ao trabalho.

A partir daquele momento, o luto se abateu sobre o Rio Grande do Sul e o mundo perdeu o “Velho”, como era carinhosamente conhecido pelos amigos. Faleceu aos 59 anos e deixou para trás um legado de liderança, sucesso e história. Mais do que isso, fez da Varig uma marca respeitada e de confiança e, do seu próprio nome, um mito.

59 anos de vida, um século de herança - Ruben Berta nasceu há cem anos, em 5 de novembro de 1907, em Porto Alegre. Em 1927, atendeu a um anúncio de uma companhia de aviação em implantação, a SA Empresa de Viação Aérea Rio Grandense. Foi escolhido por Otto Meyer, fundador e diretor-gerente da empresa, e se tornou, aos 19 anos, o primeiro funcionário registrado da Varig.

Durante anos, fazia a contabilidade, cuidava dos despachos, varria o escritório e embarcava os passageiros. Assim se preparou para assumir o comando da companhia em 1941, com a renúncia de Meyer. Na mesma década, estendeu as rotas da Varig além das fronteiras do Rio Grande do Sul. Nos anos 50 e 60, inaugurou rotas para os Estados Unidos e a Europa, fazendo a empresa saltar de companhia nacional de médio porte para uma empresa de aviação internacional de prestígio.

Joyce Costa Paliosa, 80 anos, foi secretária de Ruben Berta de 1943 a 1962. “Em qualquer atividade sairia vitorioso. Personalidade brilhante, era um homem de visão”, conta. Quando perguntado sobre a precocidade de seu sucesso, Berta respondia: “Não quero envelhecer antes de ter construído alguma coisa, algo de que meus descendentes se orgulhem”.

O legado aos variguianos - Em 29 de outubro de 1945, o presidente propôs a criação da Fundação dos Funcionários da Varig. “O resultado do trabalho deve voltar ao braço de quem o produziu”, dizia Ruben Berta.

E foi o que aconteceu. A Fundação dos Funcionários da Varig, que mais tarde passou a se chamar Fundação Ruben Berta, ainda hoje ampara os trabalhadores. “O resultado do trabalho vinha para os funcionários. Centro médico, restaurante. Ele queria todos bem alimentados e com saúde”, conta Joyce.

A Fundação dos Funcionários da Varig em Porto Alegre no ano de 1945 - A filha mais nova de Ruben, Ivone Berta Azevedo, de 75 anos, afirma que em casa ele também se dedicava. “Se preocupava muito com a família. Acho que é por isso que se preocupava tanto com a família Varig e fez a Fundação para deixar as famílias dos funcionários com proteção e segurança”, conclui.

No aniversário de cem anos de nascimento do pai, Ivone acha as homenagens justas. “A gente fica contente de ver reconhecerem mesmo depois de 40 anos que ele faleceu. Os funcionários ainda se unem, é muito bonito. É uma história de vida, de trabalho, de empresa. Uma história que não morre. Isso é bastante confortante”, completa. (Tanise Scherer_JornaldeTurismo-05/11)
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Um comentário:

lorecy alves disse...

sou filha de um ex funcionario da varig, e me criei na vila VARIG ,onde todos os moradores eram funcionarios, minha infância foi linda, porque a FUNDAÇÃO RUBEM BERTA, nos proporcionava , cuidados médicos, passeios no retiro para funcionarios, esporte, festas tradicionalistas, festas de Natal, e mais tarde casei com um funcionário e meus filhos tiveram os mesmo cuidados, sou grata á esse homem chamado RUBEM BERTA, por quem, mesmo muito pequena, chorei sua morte. eu tinha 6 anos e chorava ao ouvir uma musica que foi feita para ele...
... ele foi voando la para o céu, mas continua aqui,em nossos corações..... sua imagem nunca se apagará .....

O teto vai ruir...

Façamos as contas ao próximo exercício. Você aí que ainda nem recebeu os míseros trocadinhos do patrão e ouve a mulher querendo comprar comi...