25 de jul. de 2017

A outorga do Rio ao Pezão mostra...

• Governo quer economizar R$ 1 bi por ano com Programa de Demissão para servidores federais. Equipe econômica conta com a adesão de 5 mil funcionários do Executivo; medida será analisada por Temer.
• Mais impostos. Diante da perspectiva de não cumprir a meta fiscal, governo jogou a toalha e anunciou aumento de impostos, numa semana com boas notícias no setor externo, nova, mas mais lenta, criação de vagas no emprego formal e inflação cada vez mais no pé; Ministro da Fazenda diz que tudo é possível sobre alta de impostos. Meirelles também afirmou que a discussão de novos aumentos não deve ocorrer agora.
• Justiça julga amanhã processo sobre reajuste do Bilhete Único, de R$ 3,80 para 3,95.
• Brecha na Lei da Ficha Limpa pode beneficiar Lula em 2018. Dispositivo permite que condenado vá ao STJ para garantir candidatura. 
• Defesa de Cabral tenta barrar juiz de ação penal sobre joias de Adriana Ancelmo. 
• Depois de oito meses, STF destrava processo contra Renan Calheiros. Celso de Mello destrava ação por peculato aberta no STF em 2016. 
• Enquanto Michel Temer articula para derrubar denúncia por corrupção passiva em votação na Câmara, no início de agosto, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, estuda apresentar mais uma denúncia contra o presidente - e não duas, como chegou a ser cogitado em junho; A nova acusação formal deve tratar dos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa. A intenção é reforçar a ligação de Temer com o PMDB da Câmara, suspeito de praticar desvios na Petrobrás e na Caixa, e de tentar travar a delação do ex-deputado Eduardo Cunha e do corretor Lúcio Funaro com a ajuda de Joesley Batista, da JBS; O oferecimento da nova denúncia até setembro, quando acaba o mandato de Janot, depende do encerramento do inquérito que investiga o PMDB da Câmara pelo crime de quadrilha. 
• Em jantar com Alckmin, o DEM sinaliza apoio para 2018 e fala em bancada de 50 deputados. Segundo um dos presentes, a reunião, que contou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o senador e presidente da sigla, José Agripino Maia, foi uma deferência ao governador, visto como um aliado histórico do partido. 
• Abuso corrigido. PF acerta ao apontar que articulações políticas para frear Lava Jato, embora reprováveis, não configuram crime. 
• Investigados na Lava Jato abrem mão de foro privilegiado. Parlamentares pedem que apurações sobre eles sejam enviadas à 1ª instância. 
• Maioria dos julgados no mensalão tem vida discreta. Ao menos 5 de 26 condenados enfrentam novos processos, agora na Lava Jato. 
Piratas roubam combustível e equipamentos de refinarias da Petrobras. Um dos alvos é a Refinaria da Petrobras em Manaus, unidade que abastece Região Amazônica. 
• Ex-secretária de Kátia Abreu é presa levando R$78 mil à Bolívia.
• Desvios na Eletronuclear. MPF prorroga por 6 meses trabalhos da Lava Jato no Rio de Janeiro. 
• O Ministério Público Federal prepara denúncia contra o grupo Gerdau. Depois de ajuizar ação contra executivos do Bank Boston, a Operação Zelotes mira esquema de compra de decisões no Carf pela siderúrgica. Procurado pelo Estado, grupo nega irregularidades. 
• Operação Zelotes: ex-diretor do Bank Boston e mais 10 viram réus. 
• Mais de 500 servidores são banidos por corrupção em um ano. 
• Brasileiros relatam escravização por igreja americana. Ex-fiéis dizem ter trabalhado de graça e sido surrados; WFF nega acusações. Reportagem especial da agência Associated Press revela que a Word of Faith Fellowship usou seus dois braços no Brasil - em Franco da Rocha (SP) e São Joaquim de Bicas (MG) - para levar jovens para trabalhos forçados em propriedades de líderes da entidade. 
• Governo Temer quase esgota verba de publicidade já no primeiro semestre. 
• Dirigível fabricado no Brasil estreia nos ares no interior de São Paulo. Projeto de transporte de cargas consumiu investimento de R$ 150 mi e está em fase de testes. 
• Vacina contra aftosa será modificada após veto dos EUA à carne brasileira. Composto não terá mais substância apontada como responsável por caroços que motivaram barreira. 
• Ministério Público pede afastamento de diretoria da CBF. Ação quer ainda anular assembleia que mudou sistema eleitoral da entidade. 

País falido, jogando dinheiro fora!
O governo federal anuncia aumento de impostos para compensar um gasto público que está ampliando o déficit previsto. Ah! Que coisa! Quem poderia imaginar qualquer desses dois fatos, ou seja, o gasto superior ao previsto e a solução fiscal encontrada? Estamos diante de uma situação recorrente, apenas agravada pela prolongada recessão que só as toupeiras não anteviam diante do regime de Copa franca e Olimpíada por conta da casa, que vigorou nisso e em tudo mais ao longo dos últimos oito anos do governo petista. Quem dizia que tudo acabaria em roubalheira e prejuízo era muito mal visto. Faz 10 anos, mas eu lembro.
Era o tempo das vacas gordas e a nação jazia sob um governo, partidos e corporações funcionais suficientemente tolos para imaginar que aquilo iria durar para sempre. Como resultado dessa malfadada conjugação, a despesa continuou crescendo mesmo quando a receita começou a cair.
Em sua coluna de hoje (21/07) em Diário do Poder, o jornalista Claudio Humberto registra algo que mencionei durante recente palestra que fiz a um público convidado por entidades empresariais de Passo Fundo. O número é impressionante: o Palácio do Planalto, sede do governo brasileiro, tem 10 vezes mais servidores do que a Casa Branca, sede do governo dos EUA. São 3,8 mil no Planalto, 377 no staff de Trump e na cúpula do seu governo.
Não tenho os números do Congresso deles, mas duvido que a proporção seja muito diferente. Nossas duas Casas, juntas, têm 28 mil servidores, na soma dos efetivos, comissionados e terceirizados. Não é diferente a situação, com mordomias e penduricalhos, nos órgãos do Poder Judiciário, seus conselhos e no TCU. Nem é diferente a explicação para o fundão de R$ 3,5 bilhões que deverá irrigar a campanha eleitoral do ano que vem.
A questão que proponho aos leitores é esta: houve algum movimento, por menor que seja, no sentido de reduzir os custos fixos nessas posições privilegiadas do serviço público? O contexto de dificuldades que afeta postos de saúde, hospitais, escolas, obras de infraestrutura tem algum reflexo no topo das instituições? Nada! Restrições passam longe dessas cadeiras de espaldar alto.
Observem a Venezuela. Enquanto incendeia sua miséria na valeta do comunismo caudilhesco, Maduro proclama que as dificuldades da economia são resultado da resistência dos empresários e do capitalismo. Aqui, seus parceiros ideológicos não ensinam diferente: a culpa dos problemas do país é do tal mercado e sua lógica. No entanto, a situação nacional seria bem outra se o setor público respeitasse a lógica de mercado na composição de seus quadros e na remuneração de seu pessoal. Qual é o artifício capaz de justificar o fato de que, no Primeiro Mundo, certas funções tenham um décimo do número de servidores custeados pelo pagador de impostos brasileiro? Isso descreve uma das essências do socialismo: o Estado como grande empregador, remuneração privilegiada para o topo do poder político e o restante trabalhando para pagar a conta. Tudo bem de esquerda, não é mesmo? (Percival Puggina, arquiteto, empresário e escritor) 

Fanatismo e interesse.
O fanático não tem parentes ou amigos. Suas relações se forjam em torno da causa que abraça. Ele não enxerga virtudes individuais em ninguém. Mudou de posição, os laços imediatamente se rompem. E não titubeia em largar para trás a família.
É uma pessoa que odeia o mundo em que vive, onde não encontra sentido para a vida. Apega-se à causa de um grupo, cria uma realidade paralela e ignora tudo o que não estiver de acordo com a verdade em que acredita.
Por isso, o fanático é inconfiável. É uma pessoa que pode, de uma hora para outra, deixar o suposto amigo morrer à míngua ou criar situações para que terceiros massacrem aquela pessoa porque deixou de comungar de seus pensamentos delirantes.
O fanatismo separa as pessoas entre as boas - as que defendem a mesma causa - e as más - as que se posicionam contra ou de forma independente. As demais pessoas são vistas como massa manipulável pelo discurso.
Mesmo que o sujeito seja assaltante, estuprador, estelionatário e psicopata, é considerado do bem se estiver com a causa do fanático. Mexeu com ele, mexeu comigo!, adverte.
Quando alguém pondera sobre a conduta de algum grupo ligado à causa, o fanático já aponta para outro lado e desfia as misérias do mundo, dizendo que tudo são detalhes e o mais importante é a construção de um outro mundo.
Não importa os meios - assassinatos em massa, corrupção, destruição das famílias, o fim da liberdades, a mentira e a força bruta -, os fins justificam tudo.
O fanático não tem amigos, apenas interesses. (Miguel Lucena, delegado de Polícia Civil do DF e jornalista)
A família é como a varíola: a gente tem quando criança e fica marcado para o resto da vida. (Jean Paul Sartre)

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