22 de jul. de 2017

Segue que vida, para onde...

• Governo mantém em 0,5% a previsão de alta do PIB em 2017. 
• Governo diz que não há previsão de aumentar impostos no momento. Temer afirma, porém, que situação segue monitorada; para economistas, risco de ultrapassar déficit é alto. 
• Aumento de preço da gasolina afeta de ônibus a alimentos. 
• Temer vai acabar pedindo a mudança da meta para impedir colapso. Mudança da meta fiscal é o final certo desse enredo que tem se repetido todos os anos no País. 
• Impasse político reduz receitas do governo em ao menos R$ 6,1 bi. Temer tem dificuldade em aprovar medidas importantes para a economia no Congresso; valor já supera bloqueio orçamentário anunciado na quinta (20). 
• Sérgio Moro comunica Lula sobre bloqueio de bens. Petista tem 15 dias para responder pedido de confisco que pegou R$ 9 milhões, imóveis, R$ 606 mil e carros. 
• Lava Jato de SP quer ouvir executivos da Odebrecht. Nova força-tarefa começa a trabalhar nos pedidos encaminhados por Fachin. 
• Delação de Marcos Valério atinge FHC, Lula e Aécio. Outros políticos também aparecem; acordo ainda precisa ser homologado. 
• Isentado, Jucá poderá voltar ao Planejamento. Senador é isentado das acusações que o tiraram do Planejamento. 
• Geraldo Alckmin rebate Lula: O riquinho não sou eu. Governador ironiza saldo milionário em contas do ex-presidente. 
• Delegada afirma que é natural projetos contra investigações. Ao livrar trio do PMDB, Graziela diz que propostas lamentáveis são prerrogativas de seus cargos; Investigadores afirmam que não há como provar que ex-presidente e senadores Renan, Jucá e Sarney não cometeram crimes de obstrução da Justiça nos grampos feitos por Sérgio Machado. 
• PF recebe R$ 102,3 mi e retomará emissão de passaportes a ser normalizada em cinco semanas. Casa da Moeda vai trabalhar '24 h' para atender 175 mil pedidos atrasados. 
• Fiança faz Eike pôr à venda lanchas e Lamborghini. Empresário tenta se livrar de custos e juntar dinheiro para pagar os R$ 52 milhões cobrados pela Justiça. 
• Luana Don, acusada de integrar PCC, ganhou R$ 3.334 da facção. 

• Após aventar sanções contra Venezuela, bloco racha e faz declaração branda. Mercosul expressa preocupação, mas não expulsa a Venezuela. Mercosul convida Maduro e oposição a dialogar no Brasil. 
• Porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, renuncia e é nova baixa em gabinete de Trump. Saída ocorre após presidente escolher megainvestidor para chefiar comunicação. 
• Restrições de acesso a Jerusalém elevam tensões. Após Israel impor controle de entrada, líder palestino suspende relações. 
• Mudança para mulheres na Arábia Saudita será lenta, diz ativista. Presa em 2011 por dirigir um carro, Manal al-Sharif afirma que o caso da jovem filmada de minissaia ajuda a quebrar o tabu.

Sonhos de Temer.
O presidente acredita que a questão da denúncia se resolverá no início de agosto.
O presidente Michel Temer hoje joga um xadrez político. Mexe seus peões, peões um tanto envergonhados, mais dispostos ao anonimato do que aos holofotes, e tenta proteger seu governo de um xeque-mate. A ideia é seguir vivo até maio ou junho do ano que vem. A partir daí, ele sabe que a visibilidade do governo tenderá a se tornar opaca, a quase desaparecer, o que poderá lhe render a paz.
Ganharão força as negociações em torno de candidaturas às eleições presidenciais, as convenções partidárias, as caras novas que por certo surgirão e as caras velhas que voltarão à cena. Depois, as eleições, o vencedor, a composição ministerial, o novo governo, a volta para casa de quem sonhou em entrar para a História como um presidente reformista. Temer acha que se esse plano der certo - e ele está certo de que dará, porque a partir de 17 de setembro termina o mandato do procurador-geral Rodrigo Janot -, ele terá condições de retomar a reforma da Previdência. Quem sabe, se conseguir aprová-la, passará os últimos seis meses de seu mandato desfrutando o resultado das reformas, aumento do PIB em cerca de 3% e a volta do emprego.
Temer não imagina a possibilidade de a Câmara aceitar a denúncia de Janot, que o acusa de crime de corrupção passiva, com base na gravação de uma conversa que teve com o empresário Joesley Batista. Uma conversa pra lá de esquisita, mas que, segundo ele, foi obtida por motivo torpe e só ocorreu por ingenuidade sua. O presidente acha que a questão da denúncia se resolverá logo no início de agosto, quando a Câmara fará a sessão para decidir se ele deve ou não ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele trabalha com a certeza de que o PSDB, que tem quatro ministérios, que é seu parceiro desde o início do governo, que batalhou pelo impeachment de Dilma Rousseff, vai negar-lhe muitos votos. Mesmo assim, mesmo sabendo da infidelidade futura dos tucanos, Temer não vai retaliá-los. 
Seu raciocínio é político, assim como o jogo que pretende fazer. Nas suas contas, os votos dos tucanos favoráveis à abertura da investigação, que se somarão aos dos partidos de oposição, são insuficientes para tirá-lo da Presidência. Então, para que mexer com eles? Num futuro próximo, quando a onda provocada pela denúncia de Janot passar, a Câmara não terá mais como postergar a apreciação da reforma da Previdência. Nesse momento, a tucanada se unirá de novo ao governo, porque a reforma interessa a eles.
Desde que assumiu o governo, Temer decidiu não fechar as portas para ninguém, por mais ferrenha que seja a oposição sofrida. Aconselhado a retaliar as Organizações Globo, que apostaram na queda dele, rejeitou o conselho. Disse acreditar que um dia os dirigentes do conglomerado de comunicação vão buscar a recomposição. A mesma atitude foi tomada com relação a partidos, como o PSDB e o PSB. Mesmo rachados, eles podem render alguns votos a seu favor. Se retaliados, podem retaliar também. E um voto é sempre um voto.
Para Temer, as dissidências vão se resolver por si mesmas. Como acredita que vai se livrar das acusações, poderá, a partir de agosto, mostrar para todos que o governo continua de pé. Por isso mesmo, prevê que o parlamentar que hoje se distanciou voltará a se aproximar dele naturalmente. Porque desgastado ou não, continuará a se sentar na cadeira presidencial, com a mesma caneta na mão, com a mesma disposição para o diálogo. Como conhece muito bem o Congresso e, principalmente, a Câmara, que presidiu por três vezes, além de ser líder do PMDB por anos, Temer busca raciocinar como se fosse parlamentar: se o governo segue seu rumo, melhor estar bem com ele do que estar mal. (João Domingos) 

Lula e bandidos à solta, tudo a ver.
Se você ainda não ouviu falar em desencarceramento, prepare seus olhos, ouvidos, nariz e garganta para o que vem por aí.
Nada disso é recente, tudo está entre as causas da nossa insegurança e precisa de Lula em liberdade para que o processo se complete. Lula atrás das grades sinaliza o capítulo final de uma era na política brasileira, encerrando muitas carreiras, ideias e militâncias impulsionadas pela energia que dele emanava.
Desencarcerar? Soltar presos? Polícia prende, justiça solta? Agenda pelo desencarceramento? Que diabos é isso? Os promotores de Justiça do MP/RS, Diego Pessi e Leonardo Giardin de Souza, abriram a janela sobre o tema. Ambos são autores do livro Bandidolatria e Democídio, ensaio sobre garantismo penal e criminalidade no Brasil. Em recente artigo, chamam a atenção para a existência de uma tal Rede Justiça Criminal, ente fantasmagórico que diz reunir oito ONGs preocupadas com o sistema criminal brasileiro (prisaonaoejustica.org). Dentre as reivindicações da abnegada militância, destaca-se a inarredável proibição de prender, pois cadeias superlotadas geram mais violência, sendo necessário apostar em mecanismos que dificultem a prisão ou induzam a soltura de criminosos. Tudo que você quer, não é mesmo, leitor?
Em novembro de 2013, essa rede criou uma Agenda pelo Desencarceramento. Seus autores consideram chegada a hora de reverter a histórica violência do país contra as pessoas mais pobres e, com seriedade, fortalecer a construção de um caminho voltado ao horizonte de uma sociedade sem opressões e sem cárceres. Para isso, pontuam as seguintes metas:
1. suspensão de qualquer investimento em construção de novas unidades prisionais;
2. restrição máxima das prisões cautelares, redução de penas e descriminalização de condutas, em especial aquelas relacionadas à política de drogas;
3. ampliação das garantias da execução penal e abertura do cárcere para a sociedade;
4. vedação absoluta da privatização do sistema prisional - Combate à tortura, desmilitarização das polícias e da gestão pública.
Enquanto os brasileiros convivem com níveis de violência e insegurança superiores aos de regiões em guerra, influentes organizações assombram a sociedade com tais propostas. Por quê? Marxismo em grau máximo.
Para ideologias coletivistas, o indivíduo é um anacoluto, uma inconsistência na gramática marxista, onde somente o coletivo tem importância. O indivíduo é descartável por ser portador de interesses conflitantes com os do coletivo onde deveria estar inserido. Por isso, a Sibéria, os gulags, as clínicas psiquiátricas. Por isso, para a turma do desencarceramento, violência não é praticada por quem está nas ruas roubando, matando, estuprando, apavorando a sociedade; violenta é a sociedade que encarcera aqueles a quem, antes, excluiu. O criminoso seria produto geneticamente inevitável dessa sociedade que só será curada pelo mergulho no socialismo (é assim que eles chamam o comunismo). De modo simétrico, está tudo na Teologia da Libertação, absolvendo, o pecado individual em nome de um impessoal e coletivo pecado social que só se redime com os oprimidos, conscientizados, lutando por sua libertação.
Cansei de escrever e dizer que era exatamente isso que estava por trás da leniência da legislação, da falta de investimentos no sistema prisional, da inoperância do Fundo Penitenciário Nacional; que era exatamente isso que promovia a superlotação e a gritaria dos militantes de direitos humanos ante o desejado produto de sua estratégia: solta todo mundo que assim não dá.
Agora, tanto o método quanto a finalidade estão muito claros, com agenda redigida por seus articuladores, que, obviamente, permanecem à sombra de suas ONGs. Durante 13 anos de governo petista, essa estratégia foi determinante da crise que nos levou à condição de 11° país mais inseguro do mundo, com o maior número de homicídios e 19 das 50 cidades mais violentas do planeta. Por enquanto. O fim da era Lula é o fim desse macabro programa. (Percival Puggina, arquiteto, empresário e escritor) 
As grandes almas são como as nuvens: recolhem para doar. (Kalidasa)

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O teto vai ruir...

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